
Quando era criança pequena lá em Barbacena os rodízios costumavam acontecer em pizzarias, churrascarias e pontos comerciais de outros gêneros alimentícios. Pois não é que agora, vejam só, o rodízio pode acontecer nas penitenciárias.
A situação carcerária aqui na Província de São Pedro do Rio Grande é tão caótica que os juízes da Vara de Execuções Criminais da Capital decidiram adotar o tal "rodízio" chamado de sistema de noites alternadas. Nele os presos do regime semi-aberto dormiriam uma noite em casa e outra em um albergue ou colônia penal. Com isso o Judiciário pretende minimizar o problema da superlotação e incentivar o bom comportamento dos presos.
Penso cá com meus benjaminsbuttons... O que impede esse preso de sumir do mapa, desaparecer e voltar a cometer delitos na noite em que supostamente deveria (ou poderia) ficar em casa? Antes mesmo da implantação do rodízio isso já acontece. Basta lembrar de um exemplo próximo, do Sanfelice de Novo Hamburgo. Aproveitando-se do regime semi-aberto o bacanão simplesmente desapareceu. Por que os outros assassinos, ladrões e traficantes não farão o mesmo? A permissividade da nova medida facilita isso.
Você pode perguntar "tu não acredita que os caras podem se regenerar, ô infeliz?" e eu digo que sim, acredito, mas não no nosso atual sistema prisional. Nele presídios são verdadeiras escolas do crime. Ou melhor, a escola do crime é a rua, o presídio é a universidade. Pouquíssimas pessoas saem de lá ressocializados. A maioria acaba voltando para o crime.
Isso quando são presos nééé. Como desgraça pouca é bullshit, no começo dessa semana um juiz (que não é o Edílson) de Canoas liberou 15 suspeitos de formação de quadrilha de roubo de caminhões (é uma cilada Bino!!!). O motivo era o mesmo do tal rodízio, falta de vagas. Não havia onde colocar as finas flores.
Roubar não dá mais cadeia. Liberou geral!!! Os criminosos vão para (ou permanecem na) rua e os prisioneiros somos nozes com nossa pseudosegurança atrás de grades e cercas elétricas.
PS1: Já falei em outro post que investimentos em educação reduziriam necessidade de vagas em presídios.
PS2: Até lá, sim, precisamos de mais vagas, novos presídios e não abrir a cela e cantar "freeee as a biiiird". Solução de português, ó pá.
PS3: Claro que aqui eu esboço minhas opiniões toscas e leigas, afinal o blog é méu, méééu (risada maligna). Mas é sempre bom ouvir as partes envolvidas.
PS4: Por isso terça-feira, 02/06, o Blablablá Expresso na Unisinos FM entrevista o juiz Luciano Losekan, da Vara de Execuções Criminais. A entrevista é as 13h com Rodrigo de Oliveira e Camila Kehl.
PS5: E segunda tem mais um Mutirão 103 às 13h na Unisinos FM. Rodrigo, Camila, Vignoli e este que vos fala comentando o que foi notícia na semana. Sagacidade, acidez, pertinência e algumas bobagens. Ôvam!
Foto: Google Images. "Navalha" na carne, mano!
A situação carcerária aqui na Província de São Pedro do Rio Grande é tão caótica que os juízes da Vara de Execuções Criminais da Capital decidiram adotar o tal "rodízio" chamado de sistema de noites alternadas. Nele os presos do regime semi-aberto dormiriam uma noite em casa e outra em um albergue ou colônia penal. Com isso o Judiciário pretende minimizar o problema da superlotação e incentivar o bom comportamento dos presos.
Penso cá com meus benjaminsbuttons... O que impede esse preso de sumir do mapa, desaparecer e voltar a cometer delitos na noite em que supostamente deveria (ou poderia) ficar em casa? Antes mesmo da implantação do rodízio isso já acontece. Basta lembrar de um exemplo próximo, do Sanfelice de Novo Hamburgo. Aproveitando-se do regime semi-aberto o bacanão simplesmente desapareceu. Por que os outros assassinos, ladrões e traficantes não farão o mesmo? A permissividade da nova medida facilita isso.
Você pode perguntar "tu não acredita que os caras podem se regenerar, ô infeliz?" e eu digo que sim, acredito, mas não no nosso atual sistema prisional. Nele presídios são verdadeiras escolas do crime. Ou melhor, a escola do crime é a rua, o presídio é a universidade. Pouquíssimas pessoas saem de lá ressocializados. A maioria acaba voltando para o crime.
Isso quando são presos nééé. Como desgraça pouca é bullshit, no começo dessa semana um juiz (que não é o Edílson) de Canoas liberou 15 suspeitos de formação de quadrilha de roubo de caminhões (é uma cilada Bino!!!). O motivo era o mesmo do tal rodízio, falta de vagas. Não havia onde colocar as finas flores.
Roubar não dá mais cadeia. Liberou geral!!! Os criminosos vão para (ou permanecem na) rua e os prisioneiros somos nozes com nossa pseudosegurança atrás de grades e cercas elétricas.
PS1: Já falei em outro post que investimentos em educação reduziriam necessidade de vagas em presídios.
PS2: Até lá, sim, precisamos de mais vagas, novos presídios e não abrir a cela e cantar "freeee as a biiiird". Solução de português, ó pá.
PS3: Claro que aqui eu esboço minhas opiniões toscas e leigas, afinal o blog é méu, méééu (risada maligna). Mas é sempre bom ouvir as partes envolvidas.
PS4: Por isso terça-feira, 02/06, o Blablablá Expresso na Unisinos FM entrevista o juiz Luciano Losekan, da Vara de Execuções Criminais. A entrevista é as 13h com Rodrigo de Oliveira e Camila Kehl.
PS5: E segunda tem mais um Mutirão 103 às 13h na Unisinos FM. Rodrigo, Camila, Vignoli e este que vos fala comentando o que foi notícia na semana. Sagacidade, acidez, pertinência e algumas bobagens. Ôvam!
Foto: Google Images. "Navalha" na carne, mano!