Ela nunca está, ela nunca vai compreender"
(O Rock Acabou - MOPTOP)

Rock Grande do Sul...
Históricamente o Rio Grande do Sul sempre foi um estado rockeiro. Entra "modinha", "sai modinha", o rock aqui no Estado continua com suas guitarras distorcidas reverberando nos bares, botecos e similares. Cascavelletes, TNT, Replicantes, Defalla (o das antigas, oquei? não confundir com as viagens atuais do Edu K) fizeram a cabeça de muita gente e influenciaram muita gente nos anos 80 e no início dos 90.
É comum ouvir integrantes de bandas do circuito independente declararem que "sonham" em tocar aqui nos pampas. Eles acreditam que Porto Alegre é um "lugar do caralho" como diz o Júpiter Maçã (a.k.a. Flávio Basso, a.k.a. Jupiter Apple). Mas será que eles estão certos???
GIG Rock 6 (14, 15 de Novembro/08)
Festival da galera do Beco 203, capitaneado pelo Vitor Lucas, chegou na sua 6ª edição. A primeira delas já filhado a Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin). Dessa vez o festival rolou na quadra da Escola de Samba Praiana, próximo ao Beira-Rio. Lugar esquisito para um festival de rock. Mas dispam-se de preconceitos, em matéria de estrutura a nota é 10 para o pessoal do Beco!
Dois palcos montados lado à lado garantiam som rolando o tempo inteiro. Uma lona no melhor estilo circo (no caso Rock n'Roll Circus) protegia a galera da chuva, uma pista foi colocada em um galpão ao fundo onde rolava um rockzinho-dance-indie-hypado e alguns clássicos do rock internacional, banheiros químicos instalados e capacidade total para 4.000 pessoas.
O problema foi exatamente esse... as pessoas. Público fraco, numericamente e em empolgação. Um ar blasé irritante de uma galerinha devidamente trajada com suas camisetinhas listradas, calças demasiadamente justas e all star. Nada contra a galera indie, pelo contrário, mas os que lá estavam possivelmente eram pseudo-indies, indie-de-modinha. Galerinha que fica preocupada em baixar músicas de bandas que ninguém nunca ouviu e descartá-las depois que deixam de ser novidade. Rockeirinhos de internet.
Estive lá no sábado (15/11) e comprovei isso. Sai decepcionado com o GIG. Fui na edição número 5 que embora tenha acontecido no Porão do Beco (fisicamente limitado) proporcionou uma festa "afudê-bagarai". Estava muito pilhado e acabei frustrado. Quem foi na sexta-feira disse que estava ainda mais fraco... Novamente isento os organizadores de culpa, o problema foi o povo.
Diversas desculpas foram dadas em comunidades relacionadas à festa no orkut pela galera que não foi. Coisas do tipo "tava chovendo", "ingresso caro" e "difícil acesso"... Para começar, quem curte o bom rock n' roll enfranta chuva, lama barro e não tá nem aí pro fato de desmanchar o penteadinho-propositalmente-despenteado ou sujar o All Star com barro (pra mim All Star tem que ser sujo e de preferência furado, são "marcas de guerra").
Ingresso caro? Olha... para um festival independente que trouxe várias bandas de fora do RS e montou uma baita estrutura estava longe de ser caro. Quanto ao acesso, o Festival Morrostock II foi em Sapiranga e a galera compareceu em peso (será que o problema é o pessoal da Capital?).
Espero que o GIG e outros festivais locais não "desistam" da gente e que a galera que ainda acredita no rock mexa seus traseiros, gordos ou não e prestigiem os eventos dessa magnitude. Principalmente os porto alegrenses que andam muito acomodados!!!
É comum ouvir integrantes de bandas do circuito independente declararem que "sonham" em tocar aqui nos pampas. Eles acreditam que Porto Alegre é um "lugar do caralho" como diz o Júpiter Maçã (a.k.a. Flávio Basso, a.k.a. Jupiter Apple). Mas será que eles estão certos???
GIG Rock 6 (14, 15 de Novembro/08)
Festival da galera do Beco 203, capitaneado pelo Vitor Lucas, chegou na sua 6ª edição. A primeira delas já filhado a Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin). Dessa vez o festival rolou na quadra da Escola de Samba Praiana, próximo ao Beira-Rio. Lugar esquisito para um festival de rock. Mas dispam-se de preconceitos, em matéria de estrutura a nota é 10 para o pessoal do Beco!
Dois palcos montados lado à lado garantiam som rolando o tempo inteiro. Uma lona no melhor estilo circo (no caso Rock n'Roll Circus) protegia a galera da chuva, uma pista foi colocada em um galpão ao fundo onde rolava um rockzinho-dance-indie-hypado e alguns clássicos do rock internacional, banheiros químicos instalados e capacidade total para 4.000 pessoas.
O problema foi exatamente esse... as pessoas. Público fraco, numericamente e em empolgação. Um ar blasé irritante de uma galerinha devidamente trajada com suas camisetinhas listradas, calças demasiadamente justas e all star. Nada contra a galera indie, pelo contrário, mas os que lá estavam possivelmente eram pseudo-indies, indie-de-modinha. Galerinha que fica preocupada em baixar músicas de bandas que ninguém nunca ouviu e descartá-las depois que deixam de ser novidade. Rockeirinhos de internet.
Estive lá no sábado (15/11) e comprovei isso. Sai decepcionado com o GIG. Fui na edição número 5 que embora tenha acontecido no Porão do Beco (fisicamente limitado) proporcionou uma festa "afudê-bagarai". Estava muito pilhado e acabei frustrado. Quem foi na sexta-feira disse que estava ainda mais fraco... Novamente isento os organizadores de culpa, o problema foi o povo.
Diversas desculpas foram dadas em comunidades relacionadas à festa no orkut pela galera que não foi. Coisas do tipo "tava chovendo", "ingresso caro" e "difícil acesso"... Para começar, quem curte o bom rock n' roll enfranta chuva, lama barro e não tá nem aí pro fato de desmanchar o penteadinho-propositalmente-despenteado ou sujar o All Star com barro (pra mim All Star tem que ser sujo e de preferência furado, são "marcas de guerra").
Ingresso caro? Olha... para um festival independente que trouxe várias bandas de fora do RS e montou uma baita estrutura estava longe de ser caro. Quanto ao acesso, o Festival Morrostock II foi em Sapiranga e a galera compareceu em peso (será que o problema é o pessoal da Capital?).
Espero que o GIG e outros festivais locais não "desistam" da gente e que a galera que ainda acredita no rock mexa seus traseiros, gordos ou não e prestigiem os eventos dessa magnitude. Principalmente os porto alegrenses que andam muito acomodados!!!
CHANGE! We can believe in!
3 comentários:
Cara, comecei a ler este post com uma sensação de "como fui perder esse negócio" e terminei me lamentando.
É fato, que hoje em dia a coisa fica muito na marca, no visual, algo do espírito se perdeu.
Sinceramente velho, esse nogócio de indie já está me enjoando, e na boa, não acredito em indie.
Rock é rock e deu!
Posso estar sendo meio estúpido, mas esse lance do indie acabou se tornando uma verdadeira receita de bolo. Todos com aquele estilo "acordei e vesti a primeira roupa que apareceu", mas na verdade o negócio é muito bem produzido.
Bem, na verdade continuo chateado com o fato de não ter ido, nem que fosse para lamentar.
"indie-de-modinha"???? Pra mim (burramente, não sei) isso é chamado de EMO's enrustidos....
Sobre os ingresso, a chuva e tudo mais, concordo contigo.
Beijos, Lipe... notícias de volta a ativa.
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