terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bad Hair Day


Vem cá, não tem dias que vocês acordam meio "emo"?
Sei lá, meio assim... sabe? Enfim, é uma merda.
O dia não rende, parece que tudo que a gente faz dá errado.
E parece que tudo que fizemos na vida até hoje está errado.
Cadê o "backspace" ou o "delete" na vida quando a gente precisa?
"Ctrl+X", "Ctrl+C" e então "Ctrl+V" no lugar certo.

Por hoje é um "Alt+F4"...
Amanhã estou normal, acho...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O Rock Acabou?

"O rock acabou, melhor ligar sua TV
Ela nunca está, ela nunca vai compreender"
(O Rock Acabou - MOPTOP)


Rock Grande do Sul...

Históricamente o Rio Grande do Sul sempre foi um estado rockeiro. Entra "modinha", "sai modinha", o rock aqui no Estado continua com suas guitarras distorcidas reverberando nos bares, botecos e similares. Cascavelletes, TNT, Replicantes, Defalla (o das antigas, oquei? não confundir com as viagens atuais do Edu K) fizeram a cabeça de muita gente e influenciaram muita gente nos anos 80 e no início dos 90.

É comum ouvir integrantes de bandas do circuito independente declararem que "sonham" em tocar aqui nos pampas. Eles acreditam que Porto Alegre é um "lugar do caralho" como diz o Júpiter Maçã (a.k.a. Flávio Basso, a.k.a. Jupiter Apple). Mas será que eles estão certos???


GIG Rock 6 (14, 15 de Novembro/08)

Festival da galera do Beco 203, capitaneado pelo Vitor Lucas, chegou na sua 6ª edição. A primeira delas já filhado a Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin). Dessa vez o festival rolou na quadra da Escola de Samba Praiana, próximo ao Beira-Rio. Lugar esquisito para um festival de rock. Mas dispam-se de preconceitos, em matéria de estrutura a nota é 10 para o pessoal do Beco!

Dois palcos montados lado à lado garantiam som rolando o tempo inteiro. Uma lona no melhor estilo circo (no caso Rock n'Roll Circus) protegia a galera da chuva, uma pista foi colocada em um galpão ao fundo onde rolava um rockzinho-dance-indie-hypado e alguns clássicos do rock internacional, banheiros químicos instalados e capacidade total para 4.000 pessoas.

O problema foi exatamente esse... as pessoas. Público fraco, numericamente e em empolgação. Um ar blasé irritante de uma galerinha devidamente trajada com suas camisetinhas listradas, calças demasiadamente justas e all star. Nada contra a galera indie, pelo contrário, mas os que lá estavam possivelmente eram pseudo-indies, indie-de-modinha. Galerinha que fica preocupada em baixar músicas de bandas que ninguém nunca ouviu e descartá-las depois que deixam de ser novidade. Rockeirinhos de internet.

Estive lá no sábado (15/11) e comprovei isso. Sai decepcionado com o GIG. Fui na edição número 5 que embora tenha acontecido no Porão do Beco (fisicamente limitado) proporcionou uma festa "afudê-bagarai". Estava muito pilhado e acabei frustrado. Quem foi na sexta-feira disse que estava ainda mais fraco... Novamente isento os organizadores de culpa, o problema foi o povo.

Diversas desculpas foram dadas em comunidades relacionadas à festa no orkut pela galera que não foi. Coisas do tipo "tava chovendo", "ingresso caro" e "difícil acesso"... Para começar, quem curte o bom rock n' roll enfranta chuva, lama barro e não tá nem aí pro fato de desmanchar o penteadinho-propositalmente-despenteado ou sujar o All Star com barro (pra mim All Star tem que ser sujo e de preferência furado, são "marcas de guerra").

Ingresso caro? Olha... para um festival independente que trouxe várias bandas de fora do RS e montou uma baita estrutura estava longe de ser caro. Quanto ao acesso, o Festival Morrostock II foi em Sapiranga e a galera compareceu em peso (será que o problema é o pessoal da Capital?).

Espero que o GIG e outros festivais locais não "desistam" da gente e que a galera que ainda acredita no rock mexa seus traseiros, gordos ou não e prestigiem os eventos dessa magnitude. Principalmente os porto alegrenses que andam muito acomodados!!!


CHANGE! We can believe in!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Falando Em Eleições...


Com essa onda toda de Obama pra cá, Obama pra lá, estavamos conversando sobre as campanhas presidenciais brasileiras aqui na redação da rádio. Papo vai papo vem e lembramos do nosso "Obama" em 1989: Fernando Collor de Melo.

Calma, não estou dizendo que o Obama será para os EUA (ou para o mundo) o que o Collor foi para o Brasil (um m*th*rf*ck*r, son of a b*tch...). Apenas lembramos da "Collormania" que tomou conta do nosso país. Um político jovem, carismático, um orador nato que empolgava platéias enormes de eleitores que desejavam mudança, renovação. Bem parecido com o que a gente viu esse ano nos EUA. No nosso caso a gente entrou pelo cano.

Foram as primeiras eleições diretas de nossa democracia quase bebê. E "todo mundo" queria ser presidente. Oooô beleza! 22, ou disse VINTE E DOIS, candidatos!!!

O Lula lá estava e foi com o Collor para o 2º turno. Mário (hoje na) Covas, Paulo Maluf (nosso Banco Central seria na Suíça...), (meu nome é) Enéias Carneiro, Roberto Freire (na época no PCB... hj presidente do PPS, como as pessoas mudam!), Fernando Gabeira (ia ser engraçado heuhue), Afif Domingos (dois patinhos na lagoa, vote Afif 22), Leonel Brizola e Ulysses Guimarães eram alguns dos candidatos na primeira parte da eleição. E isso citando só os mais conhecidos...

Pois bem, o que aconteceu todo mundo já sabe. A mídia mostrando o "Fernandinho" como o bom moço, o cara legal, um exemplo para os nossos jovens e do outro lado um "sapo barbudo". O debate do segundo turno editado pela Globo favorecendo Collor sendo transmitido no Jornal Nacional da noite seguinte é uma das maiores vergonhas do telejornalismo brasileiro.

Agora, a cereja guardei para o final. Collor deu sorte em 89, já que o TSE anulou a candidatura de um cara que ganharia com o pé nas costas. Ninguém mais, ninguém menos que SÍLVIO SANTOS!!! Isso mesmo! Talvez a galera não lembre, ou não saiba desse fato.

Imagina só o Lombardi como locutor dos eventos oficiais e o Roque como assessor presidencial. Que momento!!! Pedro De Lara, Elke Maravilha, Flor... todos ocupando ministérios. Pelo menos na época a Maísa nem sonhava em ser um espermatozóide. Se fosse, possivelmente seria nomeada Ministra-Chefe da Casa Civil.

Brincadeiras a parte, quem sabe o Patrão vira-se um bom presidente? Nunca se sabe. O cara é um homem de visão, ergeu um império do nada (tá... ele tinha uns "amiguinhos" que acabaram tornando mais fácil a concessão de um canal deTv... mas mesmo assim). E aí Sílvio? Desistiu? Que tal 2010??? =P


Uma pérola do youtube. Um vídeo da campanha do Sílvio Santos em 89. Hilário!!! Ah, as cédulas eram de papel (lembram?) e já haviam sido impressas. Por isso ele diz que para votar no Sílvio Santos tem que marcar "Corrêa" (?!?!?)


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obamania


Lembra do filme "Impacto Profundo"? Aquele que o Elijah "Frodo" Wood descobre que um meteoro vai cair nos EUA? Se a resposta é sim você também lembra que o presidente americano é interpretado pelo Morgan Freeman. Na época parecia que um presidente negro na terra do Tio Sam era coisa de Hollywood. Desde ontem não é mais.

Barack Obama, negro, filho de um imigrante nigeriano e de uma americana branca e de origem muçulmana (converteu-se ao cristianismo posteriormente) quebrou diversos dogmas da puritana e conservadora sociedade norte-americana e se tornou o 44º presidente do país. O primeiro negro.

O sonho de Martin Luther King parece começar a se tornar realidade. Uma sociedade para todos, negros e brancos, ricos e pobres unidos. Barack Obama personifica o sonho de uma nova sociedade, a mudança (como pregou sua campanha). Seu êxito foi saudado não apenas nos EUA, mas em diversos países ao redor do globo, incluindo a Nigéria, terra natal da família paterna de Obama.

O próprio John McCain, em seu discurso em Phoenix ontem a noite, admitindo a derrota, pregou que as diferenças entre ele e Obama acabavam naquele momento. McCain, héroi de guerra dos americanos, saiu da batalha pela presidência de forma digna. Salientou que a hora é de união, visto que os EUA vivem um período de recessão, desemprego e dificuldades econômicas que geram consequências adversas em torno de todo o mundo. Alguns republicanos ensaiaram uma vaia para Obama que McCain tratou de repreender.

George W. Bush prometeu apoio à Obama no período de transição e fez um convite para que o novo presidente eleito e a futura primeira dama, Michelle, visitem a Casa Branca. Polido, educado mas não de forma tão carismática quanto as o candidato derrotado, John McCain, co suas palavras de apoio. Bush deixa uma casa desarrumada, com problemas financeiros, altos índices de desemprego e uma política anti-terrorismo vista com péssimos olhos pelas demais nações.

Barack Hussein Obama terá trabalho. Ele precisa provar que sim, ele pode ser o "novo", o "diferente" e suprir as expectativas de todos. Não só americanos, mas todo o mundo está de olho em Obama. O mundo depositou todas as fichas no democrata. Hugo Chavez já estuda uma re-aproximação com os EUA, Raul Castro já sinaliza querer dialogar a abertura do mercado entre os EUA e Cuba. É o efeito da "Obamania".

A mídia ajudou a dar a Obama uma aura messianica. Menos, bem menos. Ele não é um super-herói, um messias ou algo parecido. Ele é sim, ou ao menos parece ser, alguém que quer mostrar um novo caminho. Ele é Barack Obama, presidente da maior potência mundial, os Estados Unidos da América.