quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Corujão

Em breve, olheiras à la W. Waack
Eis que antes do programado minha rotina vai mudar (novidade...). A partir de segunda-feira viro um "madrugueiro". Enquanto você que perde (?) seu tempo lendo esta postagem estiver dormindo, aproveitando alguma balada de meio de semana ou fazendo coisa melhor (sim, isso mesmo que você pensou) eu estarei trabalhando. Não posso mentir que fiquei totalmente surpreso. No trabalho existe um revezamento onde todos passam uma temporada de dois longos e arrastados meses trabalhando entre 2h e 8h. Começaria na metade de fevereiro, mas mudanças na equipe anteciparam minha fase corujão para terça-feira.

 Quem trabalha em maravilhosos horários, como este, está sujeito a sentir na pele/sangue/órgãos sintomas comuns do diabetes e de doenças cardiovasculares, como mostra a matéria publicada no G1, em 2009. Aliás, publicada às 5h, pelo madrugueiro de plantão. Não que eu já não tenha apresentado sintomas bem comuns em doenças cardíacas pelo simples (simples?) estresse da rotina "tranquila" de um postulante a jornalista. Por dois meses vou trocar o dia pela noite, dormir durante o dia, com o sol entrando pelas frestas da janela e o calor das manhãs de São Hellforno.

Pelo menos não vou precisar de uniforme
E o que significa isso, na palavra de especialistas? Um trecho de uma reportagem do Jornal da Globo: Quem dorme durante o dia, sofre a influência de diversos estímulos, como claridade e barulho, que impedem um sono de qualidade. “Seu sistema nervoso vai ser abalado, sua memória fica prejudicada, sua resistência física não é a mesma”, diz o neurologista de comportamento, José Walmir Barrote Júnior.

O jeito é tentar ao máximo acelerar a adaptação. E são só dois meses. Passa rápido, voando. Vou sobreviver da forma mais saudável possível para alguém que trabalha assombrado pelo fantasma da velocidade da informação proferindo xingamentos sobre sua lerdeza de forma sussurrada no ouvido. Jornalismo não combina com saúde, horários regrados para alimentação e sono. Fato. E como diz o Night Owl (Coruja Noturna, na tradução tosca), um dos representantes dos trabalhadores noturnos deste mundo: "We where supposed to make the world a better place".


Criando uma nova tradição, paradoxalmente falando, ou não, segue uma música relacionada ao tema. Exageros e ironias à parte, obrigado Deus pela "awful lot of coffee" no Brasil!!! Vou precisar!!!

The Coffee Song (Frank Sinatra)


Way down among Brazilians
Coffee beans grow by the billions
So they've got to find those extra cups to fill
They've got an awful lot of coffee in Brazil

You can't get cherry soda
'Cause they've got to fill that quota
And the way things are I'll bet they never will
They've got a zillion tons of coffee in Brazil

No tea or tomato juice
You'll see no potato juice
The planters down in Santos all say no no no
The politician's daughter
Was accused of drinking water
And was fined a great big fifty dollar bill
They've got an awful lot of coffee in Brazil

You date a girl and find out later
She smells just like a percolator
Her perfume was made right on the grill
Why they could percolate the ocean in Brazil

And when their ham and eggs need savor
Coffee ketchup gives 'em flavor
Coffee pickles way outsell the dill
Why they put coffee in the coffee in Brazil

So your lead to the local color
Serving coffee with a cruller
Dunking doesn't take a lot of skill
They've got an awful lot of coffee in Brazil