segunda-feira, 2 de março de 2009

Triste sina de Yuka (e não só dele)


Novamente o Marcelo Yuka (ex-batera d'O Rappa) foi vítima da violência urbana do Rio de Janeiro. No sábado ele passava pela frente de uma padaria na Tijuca, Zona Norte do Rio, quando dois caras tentaram roubar o carro.

Eles agrediram Yuka, puxaram o músico para fora do carro e tentaram arrancar com a Cherokee. Detalhe 1: Marcelo ficou preso ao carro, temendo ser arrastado pelo asfalto como o João Hélio. Detalhe 2: o carro é adaptado para deficiente físico, por isso eles não conseguiram dar a partida no veículo para sorte do Yuka e não estou falando do carro... mas pensa, não deve ser nada agradável ser arrastado pelo asfalto...

Marcelo Yuka ficou paraplégico em 2000 quando tentou fugir de uma tentativa de assalto. Os bandidos formaram uma "falsa barreira", ele acelerou, eles atiraram e uma das balas acertou sua coluna... Depois disso, em 2005, ele estava em um congestionamento e foi vítima de um arrastão.

Aí você pode pensar "que urucubaca do cão" ou "diz pra ele tomar banho de sal grosso". Porém situações como essa não acontecem apenas com ele. Todo dia, em diversas cidades de país, muitas pessoas passam por isso. A diferença é que quando acontece com um famoso a repercussão do fato é maior, bem maior.

O Yuka aproveitou a visibilidade do caso e disparou: "Quero do governo o que deveria dar para todos: segurança, independentemente do Iptu que eu pague. A sociedade tem que se mobilizar, mas não adianta ter desfile de branco na zona sul. A gente tem que requerer a democratização da segurança pública".

Realmente, passeatas, faixas e cartazes não estão adiantando. Está todo mundo acomodado "pô o cara levou um tiro? Que coisa... Ainda tem margarina na geladeira?". Notícias como essa entram por um ouvido (ou orelha interna, como a Lu Bohn, lá da 103.3, disse que é chamado o ouvido agora) e sai pelo outro (ou outra =P). Como, então, mobilizar a sociedade?

Não tenho essa resposta. Acho que ninguém tem... E é então que me preocupo: estaria eu também acomodado?

Vou ver se sobrou margarina na geladeira...



PS1: Parabéns aos colorados, dessa vez o Inter jogou melhor. O que não foi difícil visto que o Grêmio nao jogou NADA.

PS2: Não acredite em tudo que ouve em outras rádios! O que é novo tu ouve primeiro na Unisinos FM. ^^

PS3: não consegui ficar longe do blog por muito tempo. =P

PS4: Tem margarina. Eu nem estou com fome. Aliás... nem sou muito fã de margarina.



Foto: Globo News, Reprodução


5 comentários:

Nathalia Rigolin disse...

Antes que qualquer um entenda; a melhor coisa que a gente faz é ir para MARTE! Não vai ter jeito Fê! haha O mundo não tem mais jeito... e se eu que tivesse o azar de ser assaltada (talvez com menos dificuldade) ia ser mais impune ainda!

Vinícius Ghise disse...

Será que seremos indivíduos conscientes e amargurados? Ou entraremos no jogo do "não é comigo"?

Sei lá, prefiro maionese =P


Legal que gostou das fotos brother, abraço!

Dom João Gabriel disse...

bom, primeiro: um gremista convicto do calibre desse blogueiro em questão elogiando o Colorado! OH!

Segundo: tá todo mundo acostumado a ver o senhor Bonner e sua excelentíssima conjuje entregar tragédias fresquinhas, toda a noite, em nossoa lares, seja no Pará ou Bagé. Aqui o povo sai pra comemorar titulo de futebol mas n sai pra protestar comntra aumento de passagem, sendo q a maioria anda de onibus..

Brazil neh ? o país do futuro... obscuro.

Desarranjo Sintético disse...

Hum...Acho que é minha primeira visita aqui. Gsotei do seu blog! Eu sou ali do blog Desarranjo Sintético, amigo da Verônica. Aliás obrigado por linkar nosso blog, volte sempre ue quiser e valeu pelos seus comentários.
Quanto a seu post, é realmente lamentável isso que aconteceu (de novo) com o Yuka. Pode ser azar dele, com certeza, eu se fosse ele carregava um patuá, eheh, mas por outro lado não é privilégio dele, ainda mais nas cidades grandes, isso está tão corriqueiro que daqui a uns tempos será o "diferente e estranho" aquele que nunca foi assaltado, sequestrado ou mutilado pela violência.
É um problema crônico, de difícil solução, sei que a capacidade de pensar a respeito e me indignar eu não perdi, mas não sei a solução definitiva para o problema, não sei se alguém sabe, o que sei é que não podemos ficar parados, e que a solução não é apenas uma resposta mas viria de diversas medidas tomadas paralelamente com o mesmo objetivo.
Acho que todos deveríamos agir em prol de uma causa social e ao mesmo tempo quem masi tem poder e dinheiro parece não se liagr nisso...complexo...
E a propósito, prefiro misturas doces!

Unknown disse...

Rio e São Paulo por serem grandes metrópoles concentram um elevado número de pessoas, todavia entre essas pessoas nem todas são aquilo que pensamos, a falta de uma estrutura familiar, de uma boa educação, aliada com a deficiência do poder público de garantir a segurança e outros princípios básicos forma o cenário perfeito para cenas como essa. Contudo violência sempre existiu a principal diferença é que hoje com a tecnologia tudo ficou interligado 24h, basta ter três ou quatro assinaturas de RSS ou FEEDS de jornais para ser "bombardeado" com todo tipo de noticia que ocorre ao redor do mundo. Referente a quando ocorrerá uma atitude da sociedade, sou cético em acreditar que tal coisa aconteça, existe algo muito forte arraigado nas pessoas, uma mesquinharia, um limite que permite a grande maioria enxergar só até o limite do seu próprio umbigo. Abraço.